sexta-feira, 26 de setembro de 2008

AAG na Imprensa

Marco Loureiro, da AAG, denuncia
Senhorios discriminam estudantes africanos

Liliana Machadinha* *com LUSA

O estereótipo de desarrumados e borguistas faz com que muitos senhorios se recusem a alugar quartos a rapazes. Segundo a Agência Lusa, esta situação é verificada tanto em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Faro. Mas na Beira Interior, os dirigentes das associações académicas das três instituições de ensino superior garantem que a discriminação por género não é significativa, assumindo que o estereótipo existe. “Vêem-se anúncios que especificam o género, mas acho que em muitos casos é para evitar misturar rapazes e raparigas, porque muitos pais não gostam”, explica ao Diário XXI Luís Fernandes, presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior. Tânia Patacas, presidente da Federação Académica do Instituto Politécnico
de Castelo Branco, exemplifica: “Se o apartamento estiver vago e mesmo se o senhorio preferir
uma rapariga, se aparecer um rapaz interessado aluga-se o quarto na mesma e faz-se uma
casa de rapazes”. Ambos os dirigentes garantem que a maioria dos anúncios não especificam o género de inquilino desejado.

Três casos de discriminação na Guarda
Na Guarda, “alguns senhorios discriminam os estudantes dos PALOP” [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa], critica o dirigente da Associação Académica da Guarda (AAG). Ao Diário XXI, Marco Loureiro diz que desde que é presidente, há cerca de quatro meses, “já passaram pelas nossas mãos três casos e sei de alguns outros”. “Muitos dos senhorios apercebem-se que são africanos e dizem que não alugam ou que o apartamento já não está disponível”, critica, acrescentando que “todos os casos foram resolvidos rapidamente”.

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