sexta-feira, 11 de julho de 2008

AAG na Imprensa Local

3.031 lugares no ensino superior da região

Vagas anunciadas
Beira Interior ganha mais 117 vagas que em 2007

Hoje é o primeiro dia para os jovens que terminaram o ensino secundário e que têm intenção que prosseguirem os estudos numa universidade ou instituto politécnico apresentarem a sua candidatura à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. Esta fase termina no próximo dia 23 e destina-se aos estudantes que reuniram as condições de candidatura após a afixação dos resultados da primeira fase dos exames nacionais.Ao olhar para as ofertas nas três instituições de ensino superior da região – Universidade da Beira Interior (UBI), Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e Instituto Politécnico da Guarda (IPG) – os interessados vão ver que poderão candidatar-se a um total de 3.031 vagas homologadas pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior. São mais 117 lugares disponíveis do que em 2007 (2.914, no total). Recorde-se que, em 2006, as vagas disponíveis eram também 3.031. Mais uma vez, a UBI, sediada na Covilhã, é a instituição com maior número de vagas disponíveis. São 1.260, mais 10 do que no ano anterior e que foram para Medicina. O reitor Santos Silva explicou ao Diário XXI que “as restantes alterações do número de lugares disponíveis se devem à reorganização do total de lugares disponibilizados à UBI, isto é, foram transferidas”. O responsável exemplifica com o novo curso de Biotecnologia. “Não foi criada uma vaga a mais para esse curso, tendo sido retiradas a Bioquímica, Tecnologia e Sistema de Informação, entre outros”, esclarece. O reitor está confiante de que esta nova formação “vai ter muitos alunos”, sendo que “tem o intuito de completar a formação actual na área da Saúde”.
FUSÕES E DESAPARECIMENTOS
Outra novidade é Estudos Portugueses e Espanhóis, embora fosse intenção da UBI, não aceite pelo Ministério, que abrissem Estudos Portugueses e Estudos Ingleses e Espanhóis. “Bolonha levou a muitas reestruturações de formações anteriores e não compreendemos essa decisão”, enfatizou. Ainda no campo das lamentações, Santos Silva aponta a não abertura de vagas para Matemática que considerada “uma formação essencial em qualquer universidade”, tendo o mesmo acontecido a Engenharia Mecânica. De qualquer forma, o reitor está “convencido de que com o rearranjo a UBI poderá captar mais e melhores alunos, conseguindo um bom preenchimento de vagas logo na primeira fase”. No IPCB há 972 vagas. Quanto ao IPG, a instituição sediada na cidade mais alta tem 799. Apesar das tentativas até ao fecho da edição, não foi possível ouvir Ana Maria Vaz e Jorge Mendes, presidentes do IPCB e IPG, respectivamente.
O que pensam os dirigentes estudantis?
O presidente da Associação Académica da UBI, Luís Fernandes, concorda com a decisão ministerial de não abertura de vagas para cursos de Letras. “São formações para pessoas que depois não terão emprego”, disse. Mas tem uma opinião diferente relativamente a Matemática: “É uma área crucial na formação superior”. Quanto à abertura do curso de Biotecnologia, Luís Fernandes considera-a “uma boa aposta” da UBI, contudo deixa uma advertência: “Espera-se que tenha docentes especializados na área em vez se «importarem» de departamentos onde já não têm trabalho”. Marco Loureiro, presidente da Associação Académica da Guarda, mostra-se esperançado numa “grande procura” dos cursos do IPG, mas prefere apenas comentar os dados nacionais das vagas ao ensino superior. “É de saudar o aumento significativo que se verificou um pouco por todo o País, com destaque para que mais de 1.100 das novas vagas se referem ao ensino superior politécnico, o que mostra que é uma aposta do Governo”. No entanto, o dirigente estudantil lamenta que “o Governo aumente a oferta, mas depois não a acompanhe com mais dinheiro do Orçamento de Estado para as instituições”.Contactada pelo Diário XXI, Tânia Patacas, presidente da Federação Académica de Castelo Branco (FACB), disse apenas que “a FACB ainda não analisou a homologação das vagas feita pelo Ministério”.
Panorama nacional
Número de vagas sobe para mais de 50.000As instituições de ensino superior público do País vão abrir vagas, no próximo ano lectivo para 50.777 novos alunos. Trata-se de “um crescimento de 1.505 vagas em relação ao ano anterior”, refere uma nota do gabinete do ministro Mariano Gago. A mesma fonte revela que, nos últimos quatro anos, o número de vagas aberto anualmente para ingresso no ensino superior público sofreu um crescimento de mais 4.104, ou seja, em 2004 as vagas disponíveis eram 46.673.Em jeito de análise, a nota do MCTES sustenta que “a oferta formativa continua a consolidar-se e a estabilizar”, uma vez que não se regista aumento no número de cursos, para além de ter acontecido “reorganizações e fusões entre cursos”.O ministério saúda “o esforço feito pelas instituições de ensino superior públicas no sentido do aumento do número de vagas para horários pós-laborais”, mais apetecíveis para os trabalhadores-estudantes. A nível nacional, este tipo de oferta cresceu em mais de 50 por cento, passando de 2.160 vagas em 2007 para 3.471 em 2008. No caso da UBI, tal como já tinha sido noticiado pelo Diário XXI, o único curso que vai funcionar em horário pós-laboral é o de Engenharia Têxtil.
Cursos de Medicina
Aumento de 151 lugares a nível nacional
Medicina é o único curso da UBI que teve “aumento real” do número de vagas, passando de 105 para 115, “por determinação do Ministério”, vinca Manuel Santos Silva. O reitor afiança de que a Faculdade de Ciências da Saúde “tem todos os recursos técnicos e humanos para prestar a melhor formação ao um número superior de alunos do primeiro ano de Medicina”.A este crescimento de vagas para estudantes de Medicina na UBI juntam-se mais 141 a nível nacional, ou seja, segundo dados do Ministério do Ensino Superior, este ano “ingressarão no ensino superior no curso de Medicina 1.614 novos estudantes”. Em quatro anos, abriram no País mais 429 vagas para futuros médicos. Estas vagas distribuem-se pelo concurso nacional de acesso (1.489) e pelo concurso para licenciados (125). O concurso para licenciados destina-se “aos que tenham concluído um primeiro ciclo de estudos que assegure um adequado nível de conhecimento nas áreas de formação de base do futuro médico, permitindo, assim, a realização do curso de Medicina num período de tempo mais curto”, esclarece o Ministério.Exames nacionais e acesso ao ensino superior.
Datas importantes para o futuro próximo
Os próximos meses são cruciais para os jovens que desejam um lugar no ensino superior. A partir da próxima segunda-feira e até dia 18 de Julho decorre a segunda fase dos exames nacionais do ensino secundário. Os resultados serão conhecidos no dia 30 de Julho.Entre 31 de Julho e 7 de Agosto, existe um novo período de apresentação de candidatura à primeira fase de acesso ao superior para estudantes que só reuniram condições para o fazer após a fixação dos resultados da segunda fase de exames. A reapreciação de exames é pedida por muitos alunos. Para aqueles que o entenderam fazer, o resultado do pedido é divulgado a 1 de Agosto (primeira fase de exames) e no dia 29 do mesmo mês (segunda fase de exames).O resultado da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, em que cada candidato fica a saber em que instituição e curso ficou colocado, é publicado a 15 de Setembro. A partir deste dia e até 19 de Setembro, decorre a segundo fase de candidatura ao ensino superior, destinada aos jovens que não conseguiram colocação na fase anterior ou que queiram mudar em relação ao curso em que entraram na primeira fase. O resultado desta segunda fase de acesso é publicado a 13 de Outubro.
Fonte e data: Quinta-Feira, 10 de Julho de 2008/ Jornal Diário XXI (www.diarioxxi.com)

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