sexta-feira, 7 de novembro de 2008

AAG na Imprensa local

Governadora Civil da Guarda recebeu abaixo-assinado com perto de 1400 assinaturas
Manifestação contra reduções dos valores das bolsas

Os alunos do Politécnico da Guarda manifestaram-se contra a nova formula encontrada pelo Governo para atribuir bolsas de estudo. Perto de 25 estudantes já perderam esta atribuição monetária, e muitos outros viram ser-lhes reduzidos os valores que anteriormente recebiam.

Cerca de centena e meia de estudantes reuniram-se na semana passada no Campus do Instituto Politécnico da Guarda para dar seguimento a uma manifestação que percorreu a cidade até chegar ao Governo Civil da Guarda.
Os alunos queixam-se da nova fórmula de cálculo, encontrada pelo Governo, para a atribuição das bolsas, e que está a prejudicar já alguns estudantes.
Segundo Marco Loureiro, presidente da Associação Académica da Guarda, “os estudantes exigiram uma posição forte por parte da associação académica” pois consideram-se prejudicados com a medida que foi entregue por parte do ministro do Ensino Superior” e que deve ser seguida pelos estabelecimentos de ensino superior público e privado, fazendo o cálculo do rendimento familiar, para a atribuição das bolsas de estudo, contabilizando 14 salários anuais, contra os 12 que até aqui eram apurados.
Esta medida, diz Marco Loureiro, “corresponde a que o subsídio de férias e o subsídio de Natal vão passar a contar para essa mesma fórmula, o que corresponde a que muitas pessoas que recebiam a bolsa mínima, que é uma grande ajuda na mesma, correm o sério risco de ficarem sem ela”.
No Politécnico da Guarda esta situação já se está a verificar, segundo a Associação Académica, e cerca de 25 alunos já ficaram sem bolsa, referindo Marco Loureiro que, para além dos que ficam sem bolsa, existem muitos outros que passam a receber menos. “As bolsas médias vão baixar o seu valor”, refere.

Gastos com os estudos eram abatidos na bolsa
Para a Associação Académica da Guarda o dinheiro que os estudantes recebem serve para fazer face a um “ensino académico caro”. “Os custos das deslocações e das estadias, e dos próprios trabalhos académicos são caros e esta medida torna tudo ainda mais caro, e dói ainda mais nos bolsos dos pais dos estudantes”, frisa Marco Loureiro.
Os estudantes da Guarda, com a manifestação realizada, procuraram assim apelar a um maior investimento por parte do Estado, no Ensino Superior, pedindo uma especial atenção para quem está no Interior.
A manifestação dos estudantes incluiu a entrega no Governo Civil da Guarda de um abaixo-assinado com perto de 1400 assinaturas, que foram recolhidas nas últimas semanas junto dos alunos do IPG.
A atitude dos alunos do Politécnico da Guarda foi a primeira do género a nível nacional, que deverá agora ter réplica em outras instituições de ensino superior. “Este é o primeiro acto de luta a nível nacional, esperamos que as outras academias o façam também, e porque não, estamos preparados para entrar num consenso e programar um protesto nacional”, afirmou o líder dos estudantes da Guarda.

Muitos alunos não foram à manifestação por causa de Bolonha
A não adesão de mais estudantes à manifestação da semana passada é justificada por Marco Loureiro com o processo de Bolonha, que exige a presença dos alunos nas salas de aula. “Vimos de uma semana de festividades, agora há faltas e as pessoas não podem faltar assim tanto com o processo de Bolonha”, frisou.
Por: José Paiva / Jornal Nova Guarda (www.novaguarda.pt)

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